Porto de Encontro - à conversa com Luis Sepúlveda

sketch para cartaz do flea market

Aqui vai o desenho que fiz do carro do meu pai (um citroen ds) pendurado no elevador da nossa garagem prontinho a ser desenhado e transposto para o cartaz do Vintage vicious.

Acho que resultou bem, visto que o tema da feira de 2ª mão era no silo-auto do Porto, com os carros a servirem de loja.

pessoas

Normalmente uso cadernos “nobres”… capa dura, papel com gramagem alta, ligeiramente texturado, etc. No simpósio em Lisboa, em conversa com o João Catarino, falava-lhe na relação de amor/ódio que mantinha com estes cadernos. Por serem muito bons, por vezes, criam insegurança e inibição, como se a página branca dissesse: “Ok… podes desenhar. Mas cuidado! Calma. As coisas não podem sair muito más…”. Claro que usar estas páginas para apontamentos corriqueiros do dia-a-dia está completamente fora de questão! É uma ditadura. O João respondeu-me: “Pois… ainda não lhe perdeste o respeito.”

É isso. É ter demasiado respeito por um caderno que é demasiado nobre. Solução? Fui à procura de um caderno bem menos nobre, pelo qual não tivesse respeito absolutamente nenhum. Queria um caderno que fosse realmente um diário gráfico. Onde fizesse não só os registos como também todos os gatafunhos inerentes a este objecto. Dos números de telefone, passando por pequenos apontamentos e citações, até ao ponto de gastar páginas porque a caneta simplesmente está a falhar.

Encontrei-o no Continente… uma imitação foleira de Moleskine, da marca Book.It (marca lançada pelo grupo Sonae para artigos de papelaria). Custou €3.99! Muito pouco nobre, o papel é MESMO foleiro, e até o cheiro era pouco agradável assim que o abri.

Enfim, não tenho um pingo de respeito por ele e estou a adorá-lo por isso! O registo é livre, espontâneo e finalmente deixei de andar com dois cadernos.

O próximo passo será encontrar um equilíbrio entre os dois extremos. Acho que já tenho ali um candidato na prateleira com papel Inart de 120gr… (obrigado Ketta)

Regresso ao desenho

Pela mão da Evita descobri este lugar fantástico onde podemos partilhar a nossa paixão pelo desenho, como observadores cada vez mais atentos, na disponibilidade para captar a essência ou as essências, a nossa perspectiva, as histórias e os percursos.

Para mim o desenho somos nós e os outros, a intensidade do traço, o espontâneo e o inacabado.

O meu regresso ao desenho é uma tentativa de desenferrujar a mão, reaprender a ver e crescer! Obrigada por este espaço! Vamos viajar?

De cima para baixo:

- viagem de comboio (a 3 euros) Guimarães-Porto ao fim do dia;

- 1º jogging do ano 2012 pelo passeio alegre - Porto - vista para o farol mais antigo de Portugal, séc.XV e o Castelo do Queijo;

- Chávena de chá em Serralves depois de visitar a exposição de Thomas Struth e Eduardo Batarda;

- Igreja da Lapa em bilhete postal que enviei a um casal amigo inglês :)

DESAFIO I

E porque estamos na época do entrudo, proponho como primeiro desafio que se desenhe este tema, tão diferente e tão igual em tantos lugares!
Assim quem sabe surgirá um novo desenho para cabeçalho!
BONS DESENHOS e boas brincadeiras!

back from Lisbon

De volta ao norte depois de ter dado a conferência no Museu Arqueológico do Carmo. Obrigado Rita, obrigado Eduardo e obrigado a todos os que estiveram presentes! Aqui ficam alguns dos registos que foram feitos durante estes dois dias.
Lisboa, Portugal, 14/15.02.2012

De dentro

De dentro vejo um espaço:

peças soltas encavalitadas

todas definem esse interior confuso.

Desajeitado. A ele deve-se o nome de "meu quarto".

Vista do cimo da Torre dos Clérigos

Vista texturada da descida dos Guindais. Porto.

Outros desenhos do mesmo percurso.

nas finanças

Nas finanças, enquanto esperava pela minha vez. A função terapêutica do diário gráfico…
Esposende, Portugal, 13.02.2012

Conferências esta semana a SUL!

«É neste fabuloso espaço, quase mágico, no Museu Arqueológico do Carmo, que se irão realizar umas conferencias sobre o desenho feito em cadernos. Que, como sabemos, tem características muito próprias. Estas conferencias estão integradas num ciclo chamado “A Viagem e o Diário Gráfico”. Convidámos 6 pessoas que têm trabalhos teóricos feitos sobre este tema. A 1ªconferência é já na próxima 3ªfeira, às 18h30, com Tiago Cruz: “Do registo privado à esfera pública. O Diário Gráfico enquanto meio de expressão e comunicação visual”. Entrada gratuita.»

por Eduardo Salavisa

Podem consultar o programa completo na página do Museu Arqueológico do Carmo

http://seducativomac.blogspot.com/

no quentinho da salamandra...

E porque se fala tanto de frio, agradeço-te salamandra pelo teu quentinho *

Ofir

Sempre que vou até à beira da praia, é impossível não pegar no caderno para desenhar as pessoas que passam para ver o mar, tirar fotografias, passear os cães, as que se sentam na esplanada na conversa, a beber um copo, etc. Mesmo com um frio de rachar, lá estão eles… Eu fico sossegado, abrigado da nortada, e entretido como quem vai ao cinema assistir a um bom filme.
Ofir, Portugal, 03/04.02.2012

ps: aproveitei para experimentar umas coisas novas…

Cais da Ribeira - Porto

Rua da Piedade

   Vista desde a varanda da minha casa
 em Porto: um trecho da Rua da Piedade
 e a Igreja de Lapa ao fundo.

Encostas do Douro

As encostas do Douro no Outono são uma sinfonia de cores. Para uma apaixonada da aguarela, admirar esta paisagem e poder representá-la ao vivo foi magnífico.

O primeiro um registo mais demorado, o segundo, um sketch muito rápido mesmo só para tentar apanhar a cor e os socalcos do Douro.